Diques de basalto


Diques são corpos de rocha ígnea com duas dimensões muito maiores do que a terceira, conferindo-lhe forma tabular. Originam-se da consolidação de magma que penetrou em terreno com rochas mais antigas, de forma a interceptar suas estruturas. Normalmente são corpos verticais, com comprimento e espessura que variam de poucos milímetros a centenas de metros de comprimento e algumas dezenas de metros de espessura.



Em síntese, diques de basalto são estruturas que se formam quando o magma penetra nas fraturas de outras rochas, que mais antigas.

Dique de basalto na Praia das Conchas em Cabo Frio

Ponta do Marisco na praia de Geribá


            São apresentadas as rochas existentes no costão, com destaque para os diques de basalto que representam o episódio de abertura do oceano Atlântico há cerca de 130 milhões de anos.

Ponta do Marisco em Búzios


      No Himalaia Brasileiro encontramos rochas e estruturas que provavelmente foram formadas na abertura do oceano Atlântico e separação Brasil-África, quase 400 milhões de anos atrás. O basalto é uma rocha ígnea vulcânica, cristalizada a partir de um magma na superfície ou próximo à superfície da Terra. Como resfria rapidamente, seus minerais não crescem muito, sendo difícil observá-los a olho nu. O basalto é uma rocha escura porque é formada por minerais ricos em ferro e magnésio.
Considerando que estes diques são mais novos do que as rochas metamórficas (pois cortam as mesmas) e que sua composição mineralógica é mais rica em ferro e magnésio, é muito provável que eles sejam manifestações vulcânicas da fase inicial de abertura do oceano Atlântico. No estágio 2, o centro de geração de calor estava próximo às bordas continentais, logo as correntes de lava se infiltraram nas fraturas continentais gerando estes diques. Algumas estruturas também podem estar relacionadas a este evento.
Próximas às paredes dos diques ocorrem fraturas verticais com estrias minerais oblíquas, resultantes do atrito entre os blocos. Estas fraturas são falhas tectônicas que se formaram quando o continente Gondwana começou a quebrar-se e separar-se.

Contato entre duas rochas de composição diferente, que fazem parte do grupo das rochas metaígneas. A rocha clara abaixo é uma metagranitóide; a rocha verde escuro ao lado esquerdo é um anfibolito. Note a foliação metamórfica gerada pelas altas pressões e temperaturas.

Estrias minerais na parede externa do dique de basalto, indicando um movimento ao longo das fraturas laterais. Portanto, a entrada deste magma subvulcânico pode ter sido condicionada por falhas geológicas (fraturas que apresentam movimento).

Dique de basalto com direção NE-SW. Observe como ele secciona a rocha metamórfica. Nas paredes externas do dique observam-se mais fraturas e algumas substâncias minerais que percolaram, como carbonatos e óxidos. Veja a foto em detalhe na parede do dique à esquerda.